terça-feira, 10 de novembro de 2009

PAULO RAMOS APÓIA ÍNDIOS AMEAÇADOS NO RIO

O deputado Paulo Ramos – PDT – RJ - defendeu na TV Alerj, no Programa Alerj debate, nesta segunda, 9, a restauração do Casarão que foi sede do SPI e do Antigo Museu do Índio, na Rua Mata Machado no Maracanã. O espaço que foi doado pelo Príncipe Regente em 1865, teve como condição pesquisas sobre povos originários e suas sementes domesticadas e abrigou boa parte da cultura indígena no Brasil.

O local está ameaçado de demolição para construção de um estacionamento para atender aos jogos olímpicos e a Copa do Mundo.

Paulo Ramos lembrou que Darcy Ribeiro fundou o Museu do Índio em 1952 e o local também foi moradia do Marechal Rondon.
Participaram do programa com o jornalista Renato Auar, o líder Pataxó kamayurá e a Professora Maria Rachel Coelho.
Kamayurá enfatizou que o Museu do Índio, atualmente em Botafogo, é administrado por não-índios e que não atende as necessidades dos indígenas que moram no Rio.
Também falou que os não-índios não entendem que a terra é sagrada e assim como não se compra e vende o céu, o sol, o mar, as terras são inegociáveis.

Rachel Coelho enfatizou que os índios tem a posse do terreno, e o direito é originário, indisponível, inalienável e imprescritível constitucionalmente, confirmado pelo Supremo Tribunal Federal recentemente no caso Raposa Serra do Sol.

No último bloco do programa, a Professora fez um desabafo sobre as ameaças que todos que estão lutando por essa causa estão sofrendo, principalmente os índios que moram no local.

Vejam os horários de reprise do programa no site da TV Alerj
Ou vejam pela internet :

BLOCO 1
http://www.tvalerj.tv/PlayMediaInPortfolio.do?mediaId=6495

E baixe os Blocos 2 e 3 .

...”Isso é um patrimônio das comunidades Indígenas e de todo povo brasileiro. Só quem não sabe o significado da palavra “referência” pode ter tanta insensibilidade e descompromisso. E não há razão para destruir, é possível conciliar o interesse deles preservando a história dos povos indígenas”...

Paulo Ramos
Esse sim é o cara!


http://www.deputadopauloramos.com.br/

domingo, 1 de novembro de 2009

Ritual do fogo marca a abertura dos Jogos dos Povos Indígenas

Com uma oração feita pelos índios Tembé, anfitriões da festa, foi aberta no Parque Ambiental de Paragominas, sudeste do Pará, no início da noite de sábado (31), a décima edição dos Jogos dos Povos Indígenas, promovida pelo Comitê Intertribal. Todas as demais etnias, com suas pinturas e adereços característicos, deixaram as ocas para dançar, cantar e tocar instrumentos de percussão.

Os Assurini, por exemplo, exibiram instrumentos de sopro de um metro e meio, feitos em bambu. Com a lua cheia já despontando, a poeira levantou com o movimento firme e ritmado dos pés descalços.

Jornalistas e fotógrafos não tiveram acesso a esse momento da festa. Apenas os atachê (ajudantes) e os organizadores ganharam permissão para ver o ritual coletivo de celebração. Aos poucos, os índios se organizaram em fila para entrar na arena. Na saída da aldeia instalada ao lado do Parque, dezenas de fotógrafos profissionais se concentraram para conseguir as primeiras imagens.

Reunindo quase 10 mil pessoas nas arquibancadas, a cerimônia começou às 18h20, com o anúncio das etnias. Os Tembé, que têm uma reserva em Paragominas, foram os primeiros a entrar, seguidos pelas delegações Kaiapó (MT), Kaigang (RS), Xokleng (SC), Xavante (TO)e outras representantes de todas as regiões do país.

Celebração - Após as apresentações das características de cada etnia foi realizada a corrida de toras. Duas equipes Xavante, sempre se revezando, deram três voltas na arena carregando uma tora de buriti de 120 quilos. A equipe número um ganhou, mas as duas celebraram, pois nos Jogos dos Povos Indígenas não há placar. "Aqui, mais importante que os vencedores é estar juntos, celebrando", explicou o apresentador do evento, Pacífico Júnior, com a experiência de quem já participou de todas as edições dos Jogos.

Os Terena, etnia do embaixador para as Nações Unidas (ONU), Marcos Terena, um dos idealizadores dos jogos, dançaram no ritual do fogo, em volta de uma grande fogueira. As piras dos totens, símbolos dos Jogos, foram acesas, junto com uma queima de fogos. A cerimônia de abertura terminou por volta de 20h30.

Jaqueline Araújo da Conceição, 21 anos, estudante do 3º ano do ensino médio, que assistiu à abertura ao lado das irmãs e de uma tia, gostou da cerimônia. "Adorei! Ainda não tinha visto um espetáculo tão bonito", afirmou.
Vejam algumas fotos em:

VIÚVA DO PROFESSOR AFONSO PEREIRA LANÇA LIVRO EM SUA HOMENAGEM


A Professora Clemilde Torres Pereira, viúva do educador Afonso Pereira da Silva, que faleceu em junho de 2008,lançou ontem o livro "Ecos da Recordação", assinado pela própria Clemilde e pela também escritora Balila Palmeira.
O lançamento do livro foi no próprio Arquivo Afonso Pereira, no bairro de Jaguaribe, na capital. A data escolhida foi porque exatamente ontem o educador faria 92 anos de idade.
Clemilde Torres explicou que a publicação é um retrato, um registro com depoimentos, cartas de condolências e notícias publicadas logo após a morte do marido.Durante o evento também foi feita uma homenagem à Escola Municipal Afonso Pereira, inaugurada pelo Prefeito Ricardo Coutinho no início deste ano, no bairro Cidade Verde.
A venda do livro será revertida para a compra de paradidáticos para a escola.
D. Clemilde é membro do MEB - Movimento Educacionista do Brasil e também uma de nossas maiores parceiras.