terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Os Kuikuro

Maria Rachel Coelho e Mutuá Kuikuro






sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Museu do Índio inaugura Galeria de Arte Indígena e exposições sobre os Guarani

O grupo indígena Mbyá Guarani do Rio de Janeiro foi a etnia escolhida para iniciar o programa “Índio no Museu” .
O evento integra os espaços expositivos da instituição – Museu das Aldeias, Muro do Museu e a Galeria de Arte Indígena - com uma mesma temática. A proposta, baseada na parceria direta com os índios, é a documentação da sua cultura com foco na cultura material e no processo de produção de bens.

O Coral das crianças Guarani se apresentou e emocionou a todos.


Com nosso Presidente, Márcio Meira, Mutuá e Kamayurá. Kamayurá é a liderança que representa as diversas etnias que residem no Espaço do Antigo Museu do Índio. Mutuá Mehinaku Kuikuro é professor da Rede Estadual do Mato Grosso e está de licença no Rio de Janeiro onde faz seu Mestrado na UFRJ.


Kamayurá e Patxá que moram no Espaço do Antigo Museu do Índio no Maracanã há mais de um ano. Há meses a família trouxe o pequeno Itamauí.

A exposição fotográfica "Ojapo Porã'i" acontece no espaço Muro do Museu. São 20 fotos realizadas pelos próprios índios em oficinas organizadas pelo Museu do Índio. Os Guarani vão mostrar para a população da cidade o que eles registraram como um “fazer bonito” (ojapo porá) em suas aldeias do Rio de Janeiro.


A mostra etnográfica "Tape Porã, impressões e movimento - os Mbyá no Rio de Janeiro" com cerca de 60 peças, fotos e vídeos, no Espaço Museu das Aldeias, procura refletir sobre o movimento – o deslocamento - na experiência de vida dos Mbyá, que se liga estreitamente à produção do que eles chamam de “estar bem” (-iko pora ) e que significa tanto estar com saúde quanto estar “alegre” (-vy’a). Os objetos exibidos carregam marcas da história desse povo. A curadoria é assinada pela antropóloga Elizabeth Pissolato.


Na Galeria, a mostra de venda “Ombopara” (grafismo Guarani). A criação da Galeria de Arte Indígena é uma iniciativa do Museu do Índio para agregar um conteúdo social e étnico às peças comercializadas pelos diferentes grupos indígenas brasileiros. Na abertura da Galeria, o destaque inicial é para o grupo Mbyá- Guarani, contextualizando a sua arte no nicho de mercado ecológico, já que os objetos vendidos por eles no Rio de Janeiro são feitos de fibra de bambu. A renda obtida reverterá para as associações Mbyá. O Projeto Guarani conta com o apoio da Fundação Banco do Brasil e da UNESCO.


Os Guarani vivem, hoje, nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil, e estão classificados em três grupos: Kaiová, Nhandevá e Mbyá. Com uma população estimada em torno de 34 mil pessoas, mantêm uma unidade linguística e cultural, constituindo-se, assim, numa das maiores etnias indígenas do País. O idioma Guarani pertence à família Tupi-Guarani, do tronco lingüístico Tupi. Há Guarani também em terras situadas em partes da região de Missiones na Argentina, do leste do Paraguai e norte do Uruguai.

Museu do Índio
Rua das Palmeiras 55 – Botafogo
Visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h30min; sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h.R$3,00 - grátis aos domingos. Até 15 de maio de 2010.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

PAULO RAMOS APÓIA ÍNDIOS AMEAÇADOS NO RIO

O deputado Paulo Ramos – PDT – RJ - defendeu na TV Alerj, no Programa Alerj debate, nesta segunda, 9, a restauração do Casarão que foi sede do SPI e do Antigo Museu do Índio, na Rua Mata Machado no Maracanã. O espaço que foi doado pelo Príncipe Regente em 1865, teve como condição pesquisas sobre povos originários e suas sementes domesticadas e abrigou boa parte da cultura indígena no Brasil.

O local está ameaçado de demolição para construção de um estacionamento para atender aos jogos olímpicos e a Copa do Mundo.

Paulo Ramos lembrou que Darcy Ribeiro fundou o Museu do Índio em 1952 e o local também foi moradia do Marechal Rondon.
Participaram do programa com o jornalista Renato Auar, o líder Pataxó kamayurá e a Professora Maria Rachel Coelho.
Kamayurá enfatizou que o Museu do Índio, atualmente em Botafogo, é administrado por não-índios e que não atende as necessidades dos indígenas que moram no Rio.
Também falou que os não-índios não entendem que a terra é sagrada e assim como não se compra e vende o céu, o sol, o mar, as terras são inegociáveis.

Rachel Coelho enfatizou que os índios tem a posse do terreno, e o direito é originário, indisponível, inalienável e imprescritível constitucionalmente, confirmado pelo Supremo Tribunal Federal recentemente no caso Raposa Serra do Sol.

No último bloco do programa, a Professora fez um desabafo sobre as ameaças que todos que estão lutando por essa causa estão sofrendo, principalmente os índios que moram no local.

Vejam os horários de reprise do programa no site da TV Alerj
Ou vejam pela internet :

BLOCO 1
http://www.tvalerj.tv/PlayMediaInPortfolio.do?mediaId=6495

E baixe os Blocos 2 e 3 .

...”Isso é um patrimônio das comunidades Indígenas e de todo povo brasileiro. Só quem não sabe o significado da palavra “referência” pode ter tanta insensibilidade e descompromisso. E não há razão para destruir, é possível conciliar o interesse deles preservando a história dos povos indígenas”...

Paulo Ramos
Esse sim é o cara!


http://www.deputadopauloramos.com.br/

domingo, 1 de novembro de 2009

Ritual do fogo marca a abertura dos Jogos dos Povos Indígenas

Com uma oração feita pelos índios Tembé, anfitriões da festa, foi aberta no Parque Ambiental de Paragominas, sudeste do Pará, no início da noite de sábado (31), a décima edição dos Jogos dos Povos Indígenas, promovida pelo Comitê Intertribal. Todas as demais etnias, com suas pinturas e adereços característicos, deixaram as ocas para dançar, cantar e tocar instrumentos de percussão.

Os Assurini, por exemplo, exibiram instrumentos de sopro de um metro e meio, feitos em bambu. Com a lua cheia já despontando, a poeira levantou com o movimento firme e ritmado dos pés descalços.

Jornalistas e fotógrafos não tiveram acesso a esse momento da festa. Apenas os atachê (ajudantes) e os organizadores ganharam permissão para ver o ritual coletivo de celebração. Aos poucos, os índios se organizaram em fila para entrar na arena. Na saída da aldeia instalada ao lado do Parque, dezenas de fotógrafos profissionais se concentraram para conseguir as primeiras imagens.

Reunindo quase 10 mil pessoas nas arquibancadas, a cerimônia começou às 18h20, com o anúncio das etnias. Os Tembé, que têm uma reserva em Paragominas, foram os primeiros a entrar, seguidos pelas delegações Kaiapó (MT), Kaigang (RS), Xokleng (SC), Xavante (TO)e outras representantes de todas as regiões do país.

Celebração - Após as apresentações das características de cada etnia foi realizada a corrida de toras. Duas equipes Xavante, sempre se revezando, deram três voltas na arena carregando uma tora de buriti de 120 quilos. A equipe número um ganhou, mas as duas celebraram, pois nos Jogos dos Povos Indígenas não há placar. "Aqui, mais importante que os vencedores é estar juntos, celebrando", explicou o apresentador do evento, Pacífico Júnior, com a experiência de quem já participou de todas as edições dos Jogos.

Os Terena, etnia do embaixador para as Nações Unidas (ONU), Marcos Terena, um dos idealizadores dos jogos, dançaram no ritual do fogo, em volta de uma grande fogueira. As piras dos totens, símbolos dos Jogos, foram acesas, junto com uma queima de fogos. A cerimônia de abertura terminou por volta de 20h30.

Jaqueline Araújo da Conceição, 21 anos, estudante do 3º ano do ensino médio, que assistiu à abertura ao lado das irmãs e de uma tia, gostou da cerimônia. "Adorei! Ainda não tinha visto um espetáculo tão bonito", afirmou.
Vejam algumas fotos em:

VIÚVA DO PROFESSOR AFONSO PEREIRA LANÇA LIVRO EM SUA HOMENAGEM


A Professora Clemilde Torres Pereira, viúva do educador Afonso Pereira da Silva, que faleceu em junho de 2008,lançou ontem o livro "Ecos da Recordação", assinado pela própria Clemilde e pela também escritora Balila Palmeira.
O lançamento do livro foi no próprio Arquivo Afonso Pereira, no bairro de Jaguaribe, na capital. A data escolhida foi porque exatamente ontem o educador faria 92 anos de idade.
Clemilde Torres explicou que a publicação é um retrato, um registro com depoimentos, cartas de condolências e notícias publicadas logo após a morte do marido.Durante o evento também foi feita uma homenagem à Escola Municipal Afonso Pereira, inaugurada pelo Prefeito Ricardo Coutinho no início deste ano, no bairro Cidade Verde.
A venda do livro será revertida para a compra de paradidáticos para a escola.
D. Clemilde é membro do MEB - Movimento Educacionista do Brasil e também uma de nossas maiores parceiras.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Meirelles vai à luta por Xingu

Fernando Meirelles já começou a captação de recursos para o novo projeto de sua produtora, a O2. Dirigido por Cao Hamburguer (de O Ano Em Quem os Meus Pais Saíram de Férias), o filme que contará a saga dos irmãos Villas Boas, os mais importantes sertanistas brasileiros.O longa-metragem já tem nome, Xingu, cujo parque nacional foi criado em 1961 a partir de uma campanha dos três irmãos.

Para viver Orlando, Claudio e Leonardo um elenco peso-pesado: Wagner Moura, Rodrigo Santoro e Selton Mello.Em carta já enviada a algumas grandes empresas para levantar recursos, Meirelles fala do apelo que um filme sobre a Amazônia teria hoje em qualquer parte do mundo.

domingo, 25 de outubro de 2009

1º SEMINÁRIO ÍNDIOS EM CONTEXTO URBANO

Ocorreu ontem, 24 de outubro, no Antigo Museu do Índio, situado na Rua Mata Machado, em frente ao Maracanã,o 1º Seminário do ponto de cultura: Índios Urbanos.
O encontro foi organizado por grupos que se mobilizaram para proteger o espaço ameaçado de demolição.
Compareceram ao Seminário durante todo o dia e a noite, alunos das Universidades: UERJ, UFRJ e UFF, de cursos como Ciências Sociais, Comunicação e Letras, além de ativistas do Movimento Indígena.

Também apareceu no evento o diretor e cineasta Sérgio Péo, que mostrou total solidariedade a causa e se colocou à disposição para qualquer apoio.

O Seminário reuniu ainda representantes de 8 etnias: Guajajara; Kamaiurá; Guarani; Xavante; Pataxó; Baré; Kariri; Potiguara.
A Professora Marília Facó Soares da UFRJ Doutora na área de Lingüística, abordou a língua Tikuna, que, falada pelo maior grupo indígena do Brasil, possui também falantes no Peru e na Colômbia. Marília também é profunda conhecedora das línguas da família Tupi-Guarani, assim como línguas da família linguística Pano.

Foto: Etnias reunidas : Guyrá Kairy é Kariri; Professora Rachel Coelho, Michael Manaú é Baré; Riremê Sererowa é Xavante e Rimugaim, é Pataxó.


Foto: Benjamim Ginoux; Gabriel Locke e Mirco kuzih, apaixonados e apoiadores da causa indígena. Os alemães já descobriram e valorizam o que os brasileiros ainda não perceberam.

Foto: A noite terminou com peixe na brasa e Riremê Sererowa puxando um canto Xavante.

Foto: Carolina de Jesus, da etnia Potiguara, emocionou a todos ao ler o manifesto de Darcy Ribeiro, na inauguração do Museu do Índio em 19 de abril de 1952, documento onde Darcy, defendeu: "o Museu é o primeiro devotado não a mostrar bizarrices etnográficas, mas as altas contribuições culturais dos indígenas à nossa cultura, e sobretudo lutar contra o preconceito que apresenta os índios como atrasados, preguiçosos e desconfiados".

ESTE FOI O 1º SEMINÁRIO E APARTIR DELE DAREMOS SEGUIMENTO A VÁRIOS CURSOS NO LOCAL, DE LÍNGUAS, CONTOS DE HISTÓRIA, DANÇA, CANTO E CULTURA INDÍGENA.

ESTE ESPAÇO É HISTÓRICO E ÚNICO MOMENTO VIVO DE NOSSOS ANTEPASSADOS ENTERRADOS EM TODO CONCRETO DO RIO DE JANEIRO.

Muita luz !

se quiserem ver mais fotos:
http://www.mariarachelcoelho.com.br/
em
http://www.mariarachelcoelho.com.br/verEventoMEB.asp?id=19

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PARABÉNS A MINHA ILHA ENCANTADA! PARINTINS 157 ANOS!





Viaja caboclo, viaja
Viaja em teu pensamento
Ao olhar no espelho das águas
O azul do firmamento
É azul a cor do céu
É azul minha paixão
É o azul do Caprichoso
O boi que me deixa orgulhoso
No grito de guerra da minha nação
Viaja caboclo, viaja
Braço forte na remada
Como se ouvisse bem alto
O batucar da Marujada
A floresta na magia
Despontando com esplendor
Mostra a mais linda toada
Caminho da ilha encantada
Na voz do caboclo sonhador
Viaja caboclo, viaja
Vai chegando ao seu chão
Como um sonho de marujo
Reascendendo a emoção
Ele esquece do remo
Ele esquece da dor
Balançando as bandeiras
Na arena o seu mundo se revela
Agora ele é um pássaro sonhador
Viaja caboclo, viaja
Viaja caboclo, viaja
Viaja caboclo, viaja
Viaja...

domingo, 11 de outubro de 2009

MEMORIAL VILLAS BÔAS SERÁ INAUGURADO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2010 EM SÃO PAULO

Nos delírios frios da malária, o sertanista Orlando Villas Bôas entoava canções sertanejas. "Nunca vi alto sem baixo, nem morro sem boqueirão, mato tem bicho feio, tem boto e tem leão", cantava alto o sertanista, tiritando sob camadas de cobertores - dizia adorar os calafrios, a aliviar os 40°C do seu Xingu. Delirava, também, estrofes de poesia. "Tu tens 15 anos só, como és menina/ tenho 23, como envelheço/ tu és primavera que fascina/ sou inverno triste que escureço." A velar seu leito, por 33 anos, uma única enfermeira: Marina Villas Bôas, menina que fascinou o sertanista, com quem se casou em 1969. "Ele se embrenhava na mata só de bermuda e chinelo, os mosquitos faziam a festa", ela conta, na sala de casa, na Lapa, zona oeste da capital. Nos 61 anos de defesa da causa indígena, Orlando sofreu 253 acessos de malária, contados em exames de laboratório. Fato que leva a enfermeira, eterna protetora, a olhar para o alto, pensativa, e balançar a cabeça. "Alguém, realmente, tinha de cuidar do homem."
Sete anos após a morte de Villas Bôas, Marina ainda hoje toma conta do marido: com a ajuda dos filhos, é ela quem cataloga as 2,5 mil peças de seu acervo, boa parte guardada em estantes e prateleiras da casa da família. A catalogação - difícil identificação de peças presenteadas por kamaiurás, karajás, kuikuros, entre dezenas de etnias com as quais Villas Bôas manteve contato - é preparação para o futuro memorial ao sertanista, que será construído no Parque Orlando Villas Bôas, na antiga usina de compostagem da Vila Leopoldina. "Catalogamos mil peças, num trabalho de formiguinha.Ainda há muito o que fazer", conta a enfermeira de 72 anos, natural de Borborema, no interior. As obras do Memorial Villas Bôas, segundo a Secretaria Municipal de Cultura, começam no primeiro semestre de 2010.
Não há pesquisador que conheça melhor o trabalho de Villas Bôas do que sua família. "O trabalho de Orlando era tão intenso que todos, não só eu, mas nossos filhos, Noel e Orlando Filho, mergulhamos juntos. Todos entramos na mata." Por 12 anos, entre 1963 e 1975, Marina deu sofrido expediente no Parque Indígena do Xingu - reserva que reúne 14 tribos em Mato Grosso, criada em 1961, maior realização dos irmãos Orlando e Cláudio Villas Bôas. Na selva, Marina viveu momentos impensáveis em tempos de estudante, na escola do Hospital Matarazzo. "A veia aventureira estava escondida."
Logo nos primeiros meses de Xingu, viveu a tensa situação de realizar primeiro contato com uma tribo desconhecida. "É o momento mais difícil. São meses acampados na mata, até que os índios, e só os índios, decidam fazer contato. Ninguém sabe a reação." O contato com a tribo txikão, naquele 1964, seria feito para convencê-los, simplesmente, a abandonar o local onde viviam. Estavam no caminho de futura rodovia, tinham de sair dali.
Após gritos de anunciação, lembra Marina, os índios irromperam da mata até a clareira onde a equipe estava - a curiosidade, intensa, foi representada em mãos, mãos, e mãos, de 50 índios, querendo tocar a pele de Marina, primeira mulher branca que viram na vida. "Nunca fui tão apalpada. Éramos quatro de nós, e 50 índios curiosos, a me tocar. Voltei ao acampamento e, aliviada, recebi um abraço apertado." Era Orlando, a retribuir, do modo mais terno possível, a proteção que a esposa lhe dava.

DE CONSULTÓRIO
Antes de chegar à reserva, Marina havia visto índios - um índio, na verdade - uma única vez na vida. "Quando atendi um indiozinho que fugiu da Ilha do Bananal, não podia imaginar que trabalharia com eles o resto da vida." Foi o próprio sertanista quem convidou a enfermeira - que trabalhava no consultório de Murilo Vilela, amigo de Villas Bôas - para integrar a equipe no Xingu. "Ele se tratava da malária, com vitaminas. Viveria com isso a vida toda. E eu, também."
Nos 33 anos em que foram casados, Marina ouviu do marido máximas como "precisamos salvar essa outra humanidade", "nunca vi índios discutindo" e a famosa definição de que, entre as tribos, "o velho é o dono da história, o índio é o dono da aldeia, a criança é dona do mundo" - incorporadas ao repertório da família. "O memorial servirá para cultivar a paixão pelas raízes", diz o filho Noel, que hoje dá palestras sobre a obra do pai.
Se Villas Bôas teve reconhecimento mundial - foi indicado duas vezes ao Prêmio Nobel -, o bairro da Lapa, para onde a família se mudou em 1989, também homenageou o ilustre morador. Após sua morte, em dezembro de 2002, foram criados no bairro um memorial e um busto, e batizados um anfiteatro (no Colégio Santo Ivo) e uma escola, todos em homenagem a Villas Bôas. "No Dia do Índio, a casa amanhecia cheia de cartazes no portão, feitos por crianças do bairro", conta Marina. A pedido da associação de moradores, foi criado projeto de lei para nomear o Complexo Anhanguera em homenagem aos irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas Bôas - a proposta é que seja batizado Complexo Irmãos Villas Bôas, e que cada um dos três viadutos leve o nome de um deles.
Ao lado do sertanista por uma vida, Marina também recebeu homenagens - no Conselho Nacional de Enfermagem foi criado o Prêmio Marina Villas Bôas, pelos serviços no Xingu. Enquanto Marina esteve lá, quatro anos correram sem registros de óbitos infantis. Há ainda outra homenagem: no mês passado, soube que receberá o título de "Cidadã de Borborema". "É gostoso saber que nossa terra nos acompanha também."
No galpão nos fundos da casa,onde é realizada a catalogação, há capítulos importantes da história do País. "O que houve no interior entre 1943 (Marcha para o Oeste, tentativa do governo Vargas de ocupar o interior) e 1960 (inauguração de Brasília), datas mais lembradas? Pois está tudo aqui", diz Marina, apontando imagens e documentos. Contrastando com 40 fotos de índios nas paredes, estão pendurados oito quadros dos Villas Bôas. "Era o canto de trabalho de Orlando, o preferido dele." Ao centro, há uma foto da família toda - pai e filhos se abraçam, observados atentamente pela mãe, Marina, enfermeira dedicada a proteger, até hoje, a memória de Villas Bôas.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091004/not_imp445502,0.php

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Um pouco da História do Antigo Museu do Índio localizado no Maracanã, no Rio de Janeiro

Tradicional prédio do antigo MUSEU DO ÍNDIO, no Maracanã (RJ), patrimônio público tombado, tem projeto para ser demolido e transformado em estacionamento.
O terreno onde funcionou de 1952 a 1977, a primeira sede do Museu do Índio, foi vendido, durante o Fórum de Palermo, em 18 de julho de 1865. Conforme consta da escritura lavrada a fls. 138 do Livro, n. 213, no segundo ofício de Notas, documento arquivado no Ministério da Justiça e Negócios Interiores, constando como vendedores o Comendador Manuel José de Bessa e sua mulher Dona Maria Constança Ferreira de Bessa e comprador o Capitão Tenente Antônio Coelho Fragoso, na qualidade de representante de sua Alteza Real o Senhor Duque de Saxe, que mais tarde vem a doá-lo.

A União Federal, proprietária do imóvel, por força do registro do RGI, Cartório do 11 Ofício, Livro 2-U/), fls. 04, na matrícula n. 62.610, faz, em 27 de setembro de 1984, um contrato de doação do imóvel para Companhia Brasileira de Alimentos – COBAL, Empresa Pública Federal, criada pela lei delegada 6 de 26/09/1962,constituída sob a forma de sociedade por ações e que em virtude da fusão,criada pela Lei 8.029 de 12/04/1990,passou à nova denominação de Companhia Nacional de Abastecimento, CONAB.
Segundo a cláusula terceira do referido contrato foi arbitrado o valor de 13.931.301,00 ( treze milhões, novecentos e trinta e um mil e trezentos e um cruzeiros), incluído o Museu do Índio que já funcionava na Avenida Maracanã 252, esquina da Rua Mata Machado, por onde tem o n. 127 (duas frentes) na Freguesia de Engenho Velho.

Em 1986, por instrumento particular de contrato de cessão de uso, a COBAL, representada pelo seu diretor presidente, Dr. João Felício Scardua e pelo seu diretor de administração, Dr. Ronald de Queiroz Fernandes cede ao Ministério da Agricultura todo o imóvel, incluindo o prédio do antigo Museu do Índio e anexo. Ressalte-se que parte do imóvel objeto da referida cessão já se achava ocupado pelo Ministério da Agricultura, que ali, já mantinha os laboratórios da Secretaria de Inspeção de produto Animal – SIPA.

Em 9 de outubro de 1992 a União cede a área (contrato de cessão gratuita do Museu do Índio, tendo como cedente a Diretoria Federal de Agricultura e Reforma Agrária no Estado do Rio de Janeiro e cessionário a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra,constando como cláusula terceira que o referido imóvel deverá abrigar os setores administrativos e culturais, tais como: auditório, sala de estudos e biblioteca e outras atividades a critério da direção.

O Museu do Índio foi inaugurado em 19 de abril de 1953. É esta a data usada nos textos em geral e na Revista Comemorativa dos 30 anos do Museu. Embora consideremos1952 de acordo com Darcy Ribeiro. Em seu livro, “ Aos trancos e barrancos: como o Brasil deu no que deu”, Rio de Janeiro, Guanabara, 1985, Darcy afirma que a inauguração do Museu deu-se em 1952.

O Museu do Índio, desempenhou um papel histórico na longa luta em defesa das populações indígenas, tendo à frente nomes emblemáticos como o do Marechal Rondon e do próprio Darcy. Em termos museográficos, o museu – projeto do arquiteto Ary Toledo – foi considerado um marco da museografia, passando a exercer enorme influência nacional e internacional. O tombamento do prédio em 1997 foi importante para sua preservação e no trabalho de revitalização da própria área em que se insere.

Feito esse breve e bem confuso histórico, nos dias de hoje, no casarão abandonado vivem dezenas de índios de diversas etnias. Os índios levam uma vida comunitária em que misturam valores da selva e da civilização. Os cerca de 35 mil índios que vivem no Estado do Rio de Janeiro, ali tem aconchego garantido, já que o Museu do Índio transferido em 1978 para a Rua das Palmeiras em Botafogo é dirigido por autoridades não indígenas e a burocracia impede que os indígenas tenham qualquer auxílio,salvo, em eventos festivos.

O prédio no Maracanã, está em precárias condições e os índios se revezam, e na garra e improviso se mantêm na área, temendo perdê-la para mendigos e para o próprio Poder Público. Apenas dois banheiros atendem a todos, que dormem em barracas de acampamento, amontoados em uma parte onde não chove, já que todo o resto da casa está devastada . O fornecimento de água e luz foi feita por escambo com a Secretaria da Agricultura, que ali tem hoje dois prédios.


Há duas semanas estamos desesperados com uma informação de que um projeto idealizado pelo ex-prefeito Cesar Maia, idéia apresentada à prefeitura na época pelo escritório Gilson Santos e Carlos Porto Arquitetos – o mesmo que criou as jóias do Pan, como o Engenhão e a Cidade dos Esportes já está na mesa do Secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Afonso Kroetz e do Coordenador de Apoio Laboratorial, Jorge Caetano Junior, para ser concretizado na primeira quinzena do mês de outubro próximo, segundo o qual o imóvel estaria sendo vendido por 30 milhões para uma empresa privada espanhola, pela prefeitura do Rio para a construção de um Shopping Center e um imenso estacionamento para 3.000 automóveis. Segundo o projeto tal Parque, ainda ligaria o Maracanã à Quinta da Boa Vista, e visa a Copa do Mundo de 2014, quando o Estádio do Maracanã exibirá dois jogos, incluindo o da final.
Sem falar na desintegração do complexo laboratorial que funciona no Ministério da Agricultura em anexo a casa do índio.
A desintegração física e técnico-científica desse órgão é gravíssima para o Rio de Janeiro porque todo o controle de produtos industrializados, tanto na área animal, quanto vegetal e também os produtos importados e exportados nesta área são feitos pelo laboratório do Ministério da Agricultura -RJ. Qualquer produto para poder desembarcar (porto, aeroporto ou fronteiras), precisa de um laudo analítico de qualidade sob pena de colocar a saúde da população em risco de febre aftosa, alimentos contaminados, pragas da agricultura etc. Como um porto como o do Rio de Janeiro, importante desde à época do Império vai perder essa função para outra cidade. Só tem essa estrutura hoje para avocar tal fiscalização Pedro Leopoldo em Minas Gerais ou Campinas.
Trata-se da defesa de uma área restrita e exclusiva do Governo Federal que está sendo privatizada.
Temos todos os documentos e certidões que comprovam o relatado.
Estamos atentos e tomando as medidas legais.
O que os índios que moram lá querem é a reestruturação da casa e sua transformação em um Centro Cultural, resgatando e divulgando a cultura indígena. E já temos até um empresário alemão querendo investir na reforma do casarão.


Estamos programando para a próxima semana uma grande festa no local, para mostrarmos nossa força e disposição de não sair dali, oportunidade que convocaremos toda a imprensa.

Se você quiser se engajar nesta luta, visite a casa, fale com os índios que moram lá.
Hoje já instalamos internet na casa, em dois computadores. Vamos começar a fazer barulho no mundo inteiro. Depois do dia 15 de outubro talvez eu mesma os receba, dependendo da gravidade e veracidade deste “ato secreto” eu também vá acampar lá porque

Só sairemos de lá mortos!

Maria Rachel Coelho

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

MARIA RACHEL COELHO NA UNIFACS - SALVADOR - EM DEFESA DO PRÉ-SAL

..."Quando desembarquei aqui em Salvador, inevitavelmente lembrei-me, que foi aqui neste Estado que em 22 de abril de 1500, um fidalgo português a serviço do rei D.Manuel I,com um grupo armado, assaltou centenas de milhares de índios. Mataram os índios em massa, roubando-lhes a terra. Mas a história chama esses homicídios e esse esbulho de “descoberta”.
Levaram tudo, a vida de nosso povo, nosso ouro, pau-brasil etc
Agora temos a chance de ser o país mais rico do mundo com a descoberta do pré-sal. Não podemos deixar que entreguem nosso último patrimônio"...
Esse foi o desabafo da Professora Maria Rachel Coelho com os alunos do curso de Engenharia da UNIFACS - SALVADOR no último fim de semana.




Foto: Maria Rachel Coelho e Vera Veronesi

A Professora Vera Veronesi com o apoio da UNIFACS e do PDT local, foi a grande responsável pelo evento.

Foto: Professor e Jornalista Osvaldo Maneschy do PDT- único partido na luta por esse patrimônio que é do povo brasileiro.

Foto: Fernando Siqueira é uma das maiores autoridades no assunto atualmente no Brasil.




Fernando Siqueira defendeu a permanência da Petrobrás,o Pré-sal e a implantação de uma nova lei do Petróleo. “Petroleiro nenhum tem o direito de se apossar das riquezas da nação. A Petrobrás é um patrimônio nacional que foi criada para trazer benefícios para o povo. Mudaram as regras do jogo sem ouvir a população”, afirmou Siqueira referindo-se a Lei 9478, que determina que as riquezas exploradas no Brasil pertencem a quem explora e não à nação.
A luta é pela permanência da Petrobrás que é de todos nós. Não podemos deixar que a Lei 9478 continue, temos que resgatar a Lei 2004.







terça-feira, 8 de setembro de 2009

PRIMEIRO SONHO EDUCACIONISTA REALIZADO NO ESTADO DA PARAÍBA

JORNAL EURECA: NOSSO PRIMEIRO SONHO REALIZADO NA PARAÍBA

Foto: Rachel Coelho na redaçãodo Jornal A UNIÃO.
O Jornal Eureca foi o primeiro projeto MEB concretizado no Estado da Paraíba. Totalmente elaborado por jovens alunos da Escola Olivina Olívia.
O Eureca, é um periódico bimestral, que conta com o integral apoio de A União, por meio do seu parque gráfico para sua impressão, criado e editado por seis alunos do 3º ano do Olivina Olívia.
O primeiro número circulou no mês de julho e o segundo número deverá ser impresso até o final deste mês.

O Jornal A UNIÃO que é do governo da Paraíba, é o terceiro Jornal mais antigo do Brasil, em circulação tem 116 anos.
O JORNAL A UNIÃO, 116 ANOS DE HISTÓRIA E EDUCACIONISTA!
ABRIU AS PORTAS PARA O EURECA!

Foto: No Zarinha Centro Cultural, um dos apoiadores do MEB, Rachel Coelho com Emanuel Ramalho, editor chefe do Eureca; Ivan Costa, diretor do Zarinha e Janette Jane.


Maria Rachel Coelho na Secretaria de Educação e Cultura da Paraíba

Foto: Rachel Coelho também visitou a Secretaria Estadual de Educação e Cultura da Paraíba, onde foi recebida por Janildes Andrade, assessora de imprensa do Secretário de Educação que estava viajando.


Rachel Coelho explicou o que é o MEB e os projetos no Estado da Paraíba.

Tudo será colocado no site da Secretaria Estadual de Educação da Paraíba.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MARIA RACHEL COELHO VISITA ESCOLAS INDÍGENAS NA PARAÍBA

Os índios potiguaras eram os tradicionais habitantes do litoral da Paraíba na época do “ tal descobrimento do Brasil”. Viviam desde o delta do Rio Paraíba até a Baía da Traição e terras para leste subindo o rio Mamanguape até a Serra do Copaoba (região dos atuais municípios de Caiçara, Belém, Serra da Raiz e Pirpirituba) e parte do vizinho estado do Rio Grande do Norte.
Os potiguaras na Paraíba, hoje estão restritos aos municípios de Rio Tinto, Marcação e Baía da Traíção, Litoral Norte do Estado. Segundo a FUNAI são 12 mil pessoas em 26 aldeias.
Os professores Maria Rachel Coelho e Tomaz Passamani visitaram as aldeias potiguaras : Vila Monte-Mor, Caeira, Galego, Forte, Lagoa do Mato, Cumaru, Vila São Miguel, Laranjeiras, Santa Rita, Tracoeira, Akaîutibiró, Jaraguá, mas não conseguiram chegar a aldeia de São Francisco pelas péssimas condições da estrada.


Pegaram de carro a balsa em Cabedelo, cidade portuária da Grande João Pessoa até Lucena. De lá, foram pela BR-101 no sentido Natal, passando pelas cidades de Mamanguape, Rio Tinto, Marcação até chegar a Baía da Traição.

A Professora Maria Rachel Coelho foi convidada para participar da próxima dança do toré pelo chefe da aldeia Galego e confirmou presença.
Também pintou o símbolo potiguara Paz, Amor e Proteção!


Os potiguaras estão sendo beneficiados com a liberação de R$ 940 mil, uma parceria Governo do Estado e Ministério da Educação, para construção de duas escolas e reforma e ampliação de outras duas unidades.

Na Baía da Traição foi iniciado um projeto que tenta resgatar a cultura indígena dos descendentes dos bravos potiguaras, o projeto coloca alunos em sala de aula para aprender o Tupi Guarani, língua original dos indígenas potiguaras.


120 potiguaras estão sendo capacitados para o Magistério Indígena Potiguara. Também aprendem matemática, sociologia e antropologia. O curso é ministrado na Aldeia Forte, em Baía da Traíção.


O Senador Roberto Cavalcanti pediu ao Presidente Lula a inclusão dos índios potiguaras no programa Minha casa, Minha Vida.
“Peço que o Presidente Lula e seu Ministério olhem com atenção para esse grupo social, que é parte de nossa sociedade brasileira, mas do qual freqüentemente nos esquecemos”, disse Cavalcanti.

O senador Cavalvanti se preocupa porque mesmo as 26 aldeias ocupando três municípios : Baía da Traição, Rio Tinto e Marcação e mesmo que as mesmas sejam terras indígenas e propriedade da União:
... “creio que seria um apego desmedido à norma legal transformar esse fato em impedimento à inclusão do índio no Programa Minha Casa, minha Vida. Os indígenas não têm a escritura de propriedade da terra, pré-requisito básico para o acesso ao financiamento do imóvel, e nem defendo aqui que venham a tê-la. Mas entendo que esse impedimento não pode implicar a exclusão dos povos indígenas, com quem temos uma dívida secular, do Programa”... acrescentou o senador.
Roberto Cavalcanti apontou ainda que é consenso entre técnicos, políticos e sociedade que o mérito mais relevante do Minha Casa, Minha Vida é “tratar de maneira desigual os desiguais”.

domingo, 6 de setembro de 2009

OLIVINA OLÍVIA SERÁ ESCOLA MODELO NO PAÍS - ENTREVISTA CONCEDIDA POR MARIA RACHEL COELHO AO JORNAL A UNIÃO

Olivina Olívia será escola modelo do Movimento de Educação no país.

Maria Rachel Coelho concedeu entrevista ao Jornal A UNIÃO, publicada em 5 de setembro de 2009.


Foto: A Professora Maria Rachel Coelho com Allison Isidro, aluno do Professor João Perônico na Escola Olivina Olívia


A Escola Estadual Olivina Olívia Carneiro da Cunha será uma unidade escolar modelo em João Pessoa. Essa pelo menos é a meta do Movimento de Educação do PDT, que adotou a escola como piloto do trabalho que pretende realizar na Paraíba, melhorando desde sua estrutura física até os equipamentos que possam dar suporte à melhoria da qualidade do ensino
A professora Maria Rachel Coelho, visitou esta semana a escola, onde proferiu palestra para os alunos sobre os dois princípios básicos que norteiam o Movimento; a proteção do meio ambiente e a educação das crianças.
Na Olivina Olívia, o Movimento já conta com o projeto Eureca!, um periódico bimestral, que conta com o integral apoio de A União, por meio do seu parque gráfico para impressão do jornal criado e editado por seis alunos do 3º ano. O primeiro número circulou no mês de julho e o segundo número deverá ser impresso até o final deste mês.
O editor-geral de Eureca!, Emanuel Ramalho, disse que o jornal nasceu da necessidade de levar informações para os alunos sobre os acontecimentos da escola e no meio educacional. Segundo ele, esta também é uma forma de incentivar o aluno a se interessar pela busca de mais informações e melhorar seu vocabulário.

Em visita à Redação do Jornal "A União", Maria Rachel Coelho, agradeceu o engajamento da empresa ao projeto, que tem como prioridade promover a cultura e a educação e melhorar a escola brasileira, desde o ensino básico até a universidade.
Para realizar esse trabalho, o Movimento conta com cerca de 80 núcleos de discussão e difusão pelo Brasil e pelo mundo, com cerca de 7 mil pessoas cadastradas.


A professora Maria Rachel Coelho adiantou que, para realizar o trabalho, busca parcerias com empresas públicas e privadas. Para ela, a educação é o principal fator de transformação social.

http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=27785&Itemid=74

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

MOVIMENTO EDUCACIONISTA DO BRASIL - MEB - FAZ EVENTO NA ESCOLA ESTADUAL OLIVINA OLÍVIA EM JOÃO PESSOA - ESCOLA DO PROFESSOR TOMAZ PASSAMANI

Com o auditório da Escola Estadual Olivina Olívia, lotado, a Professora Rachel Coelho, aceitando o convite do Professor João Perônico, novo Educacionista integrante do Núcleo Afonso Pereira, esteve em João Pessoa, quinta-feira, dia 3, emocionada com o crescimento do Movimento na cidade, principalmente dos jovens, graças ao trabalho incansável e apaixonado do Professor Tomaz Passamani.
O Professor Tomaz Passamani explicou aos alunos como se realizará a reforma do Olivina Olívia pelo MEB e como é possível que eles ajudem neste segundo Projeto.


Compuseram a mesa, além do Professor Tomaz Passamani e de Rachel Coelho, o Professor de educação física, João Perônico; a Professora de Física Conceição; a Professora e Coordenadora Pedagógica do Olivina Olívia, Sofia e o Sub-Oficial Ferreira da Capitania dos Portos da Paraíba.
Rachel Coelho parabenizou toda a equipe do Jornal Eureca, primeiro projeto que hoje é realidade: ...”Fiquei emocionada quando recebi a primeira edição, um trabalho de primeira, talvez muitos profissionais especialalizados não o fizessem”... A equipe do Eureca filmou toda a palestra de ontem e também os debates.

Rachel Coelho disse aos 500 alunos do professor João Perônio porque como Professora da área de Direito se engajou nesta luta: ...” Desde o velho testamento as leis tentam corrigir o ser humano, discipliná-lo, fazê-lo ter uma convivência social saudável, e até hoje falham. Porque as leis e as normas de conduta, por melhores que sejam, tentam mudar o ser humano de fora pra dentro, mas só a educação pode mudá-lo de dentro pra fora”...

..." PARABÉNS , TOMAZ, VOCÊ É O GRANDE LÍDER QUE EU TANTO PROCUREI"...

E vamos em frente na reforma do OLIVINA OLÍVIA.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MOVIMENTO EDUCACIONISTA DO BRASIL - MEB - INVESTIGA ESCOLA ABANDONADA NO INTERIOR DO AMAZONAS

Essa Escola fica localizada no Km 32 da Rodovia AM 352, que liga os Municípios de Manacapuru e Novo Airão. Está abandonada.
O MEB fez uma denúncia no Ministério Público Estadual. Ivânia Costa que trabalha no MP e é uma das coordenadoras do N.E. Jefferson Peres vai acompanhar a investigação de quanto tempo a escola está abandonada, em que administração isso ocorreu e quem está usando a área.




Não há nenhuma outra escola na área para atender às crianças. A única opção é no Município de Manacapuru.

ESTAMOS DE OLHO E VAMOS EM FRENTE!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Movimento Educacionista do Brasil - MEB- fiscaliza a aplicação da Lei do Piso dos Professores.

PROFESSORES DIZEM QUE A LEI BUARQUE É PREJUDICIAL A CATEGORIA
A Professora Rachel Coelho visitou em Manaus, a Escola Estadual Alice Salerno de Lima, que fica no bairro Parque 10.

Além de se encantar com as condições físicas da escola, Rachel Coelho conversou com todo corpo docente sobre a aplicação da lei do Piso.

Segundo informaram os professores, que estavam em reunião, pois era dia de planejamento escolar, a lei não está sendo aplicada. Para os professores da rede estadual que tem nível superior o salário inicial já é de R$ 1.030,00. Já para os que não tem nível superior o salário é de R$ 650,00. Mas ressaltaram que esses valores são pagos para o equivalente a 18 a 20 h/a.
Não existe concurso no Estado do Amazonas para carga acima de 20 h/a.

Segundo também informaram os colegas, o Município paga menos que R$ 500,00.
Todos os alunos da rede pública retornaram às aulas essa semana, dia 24 de agosto.

A Professora Rachel Coelho ficou impressionada com a sala de professores da escola que conta com 6 computadores novos , uma impressora, TV e DVD.

A Lei do Piso dos Professores é objeto da ADI 4167, que tenta a declaração de sua inconstitucionalidade, pelo STF. Os autores, cinco governadores argumentam que da forma como está na lei, o valor do piso é o salário base, os professores iniciantes ainda podem ganhar gratificações além desse valor. A ação pede que os R$ 950 já incluam eventuais acréscimos. Segundo eles a lei "impôs aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios regras desproporcionais, por implicarem despesas exageradas e sem amparo orçamentário".
Em posição diametralmente oposta, a categoria diz que a lei é péssima pois congela qualquer proposta de aumento de salário.
A Professora Rachel Coelho tentou argumentar que nem todos os Municípios pagam um salário decente e que agora são obrigados a reajusta-los, proporcionalmente. A Lei define o Piso mas isso não impede aumento, só depende que nos movimentemos para que os administradores paguem, e que inclusive o Ministro Haddad se comprometeu em complementar todas as administrações que venham a ter dificuldades para alcançar os R$ 950,00.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ENSAIO DA FLOR MATIZADA - MANACAPURU - AMAZONAS



Manacapuru é um Município do Estado do Amazonas, banhado pelos rios Solimões, Purus, Manacapuru e Jará.

A cidade de Manacapuru está situada à margem esquerda do rio Solimões, na confluência deste com o rio Manacapuru, a sudoeste de Manaus. Seu nome tem origem indígena e significa Flor Matizada.

Essa semana acontece o Festival de Ciranda de Manacapuru, nos dias 29, 30 e 31 de agosto. O Festival é promovido pelas Cirandas Grêmio Recreativo Flor Matizada, Associação Folclórica Unidos dos Bairros – Tradicional, e Grupo Recreativo e Folclórico Guerreiros Mura com o apoio da Prefeitura de Manacapuru e Governo do Estado do Amazonas.

Ciranda é um complexo folclórico, com uma unidade perfeita e definida, formado de aglomerado de cantigas, algumas já tradicionais do Brasil e em Portugal. Em Manacapuru, apresentou-se pela primeira vez no ano de 1980, dançada por um grupo de crianças numa festa junina do Colégio Nossa Senhora de Nazaré, com aceitação glamorosa do público presente. Com o tempo foram surgindo grupos de Cirandas que foram se profissionalizando E, para homenagear as Cirandas de Manacapuru foi construído um “Cirandódromo”, no “Parque do Ingá”. Hoje a ciranda está mais dinâmica, adaptou-se aos novos tempos, buscando mostrar através da manifestação popular a história de seu povo, sua origem e lendas, com novas músicas e ritmos, com indumentárias características ao tema desenvolvido a cada festival, e alegorias, com seu bailado cadenciado, transformou-se em paixão de um povo, e procura ultrapassar a barreira do regionalismo mostrando ao mundo sua força e sua arte.

Uma visão do homem pelo próprio homem. É a abordagem central do tema da ciranda Flor Matizada - "Da infância à melhor idade a Flor Matizada celebra a humanidade" para a apresentação, no Parque do Ingá, no dia 30, domingo.Todas as fases da vida, infância, adolescência, juventude, fase adulta e a terceira idade serão encenadas para mostrar a generosidade do ser humano ao desempenhar seu melhor papel que é a perpetuação da espécie.

MOVIMENTO EDUCACIONISTA INAUGURA SEGUNDO NÚCLEO NO ESTADO DO AMAZONAS

Inaugurado oficialmente no dia 21 de agosto, última sexta-feira, o segundo Núcleo Educacionista do Estado do Amazonas. O Núcleo que recebeu carinhosamente o nome do Professor Narciso Lobo, foi inaugurado no anfiteatro Rio Jatapú na Faced (Faculdade de Educação da UFAM).

O Núcleo é composto de estudantes universitários, cujo objetivo é difundir o movimento nos Municípios do Amazonas, agregando universitários para atuarem em ações educativas e propor metas ao Poder Público em defesa da educação e da qualidade do ensino.

O homenageado Narciso Lobo, era professor da Universidade Federal do Amazonas, tendo sido presidente da Associação de Docentes, também militou no movimento estudantil, e foi ex-pró Reitor da UFAM na gestão de Marcus Barrus, também colaborou com movimentos sociais e iniciativas como a Ação da Cidadania, Narciso faleceu neste último mês de julho.

Mário Lúcio Silva, coordenador do Núcleo Professor Narciso Lobo, na palestra, falou aos alunos do curso de Pedagogia da UFAM sobre o Primeiro Projeto MEB no Amazonas – O Programa de Educação Amazonas Cidadão – que inclui cursos profissionalizantes, cursos de alfabetização e reforço escolar para a EJA (Educação de Jovens e Adultos) que já está funcionando nas escolas da Zona Leste, atendendo aos bairros Grande Vitória; Nova Vitória; Santa Inês; São José 2; São José 4; Jorge Teixeira;Tancredo Neves, Mutirão e Cidade de Deus.

Mário Lúcio Silva também é Presidente da União dos Estudantes do Amazonas e dividiu com o auditório sua luta pela meia entrada dos estudantes.

O Núcleo Educacionista Professor Narciso Lobo está funcionando na Avenida Epaminondas, 694-E, no Centro de Manaus – telefone (92) 36338721.

A Professora Maria Rachel Coelho após explicar o que é o Educacionismo e quais são os objetivos do MEB disse que no Amazonas, onde a estrada natural são os rios, o maior desafio é a inclusão não só dos menos favorecidos mas dos habitantes de Municípios distantes.